quinta-feira, 28 de outubro de 2010

EducaREDE NAS ESCOLA TENGATUI

SÁBADO, 8 DE AGOSTO DE 2009
Mais sobre EducaRede em aldeia indígena

Em meados de julho, fizemos nossa primeira postagem sobre a formação da equipe do Programa EducaRede na Aldeia de Jaguapiru, em Dourados (MS).

Esta foi a primeira vez que o Programa visitou uma comunidade indígena e, por suas especificidades, estava claro para todos nós que, neste tipo de encontro, a beleza da experiência precisa ser relatada por quem a vive.

O primeiro post publicado foi escrito por Priscila Gonsales, coordenadora do Programa EducaRede. Agora, publicamos a primeira parte do depoimento de Sonia Bertocchi, do Projeto Minha Terra. Compartilhem do entusiasmo de Sonia e se deliciem com a história a seguir...
Uma mensagem concisa e objetiva, enviada por usuário por meio de um simples “Fale com” do Portal, resultou em uma das mais ricas experiências para a Equipe EducaRede:

"Gostaria de saber qual a possibilidade de uma capacitação específica para osprofissionais indígenas desta instituição, referente a projeto de ensino e tecnologia educacional?"
A instituição era a Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu-Polo .

Quem enviou a mensagem foi o Rubens Rosário Pinheiro. Ele é professor da Sala de Tecnologia Educativa (STE) da Aldeia Jaguapiru, área indígena da cidade de Dourados (MS). Depois dessa primeira mensagem confirmamos a ida de uma equipe de formadores até a aldeia.

Passamos, então, a conversar – por email - quase que diariamente com o Rubens e o nosso diálogo passou a incluir também a Professora Irene Viana, do NTEM (Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal) de Dourados.

"Estou muito grato pela resposta e ansioso para a realização deste curso, que ajudará muito os professores indígenas desta Escola, que fazem pouco uso da Sala de Tecnologia" – nos disse Rubens em um desses e-mails.

Em outro, perguntou: "Gostaria de saber se vocês vão usar a Sala de Tecnologia? Sabe por quê? A sala é pequena e o número de professores é grande(…)."

O desafio estava bem delineado: uma formação para uso pedagógico de novas Tecnologias da Informação e da Comunicação em um espaço com 13 computadores, para um número, no mínimo, 6 vezes superior de educadores indígenas.

Dadas as condições, qual seria nosso primeiro passo para enfrentar o desafio?

Simples também: conhecer um pouco mais sobre esse lugar, essa aldeia, a cultura, a escola dos povos Guarani, Kaiowá e Terena
Em meados de julho, fizemos nossa primeira postagem sobre a formação da equipe do Programa EducaRede na Aldeia de Jaguapiru, em Dourados (MS).

Esta foi a primeira vez que o Programa visitou uma comunidade indígena e, por suas especificidades, estava claro para todos nós que, neste tipo de encontro, a beleza da experiência precisa ser relatada por quem a vive.

O primeiro post publicado foi escrito por Priscila Gonsales, coordenadora do Programa EducaRede. Agora, publicamos a primeira parte do depoimento de Sonia Bertocchi, do Projeto Minha Terra. Compartilhem do entusiasmo de Sonia e se deliciem com a história a seguir...

Uma mensagem concisa e objetiva, enviada por usuário por meio de um simples “Fale com” do Portal, resultou em uma das mais ricas experiências para a Equipe EducaRede:

"Gostaria de saber qual a possibilidade de uma capacitação específica para osprofissionais indígenas desta instituição, referente a projeto de ensino e tecnologia educacional?"

A instituição era a Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu-Polo .

Quem enviou a mensagem foi o Rubens Rosário Pinheiro. Ele é professor da Sala de Tecnologia Educativa (STE) da Aldeia Jaguapiru, área indígena da cidade de Dourados (MS). Depois dessa primeira mensagem confirmamos a ida de uma equipe de formadores até a aldeia.

Passamos, então, a conversar – por email - quase que diariamente com o Rubens e o nosso diálogo passou a incluir também a Professora Irene Viana, do NTEM (Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal) de Dourados.

"Estou muito grato pela resposta e ansioso para a realização deste curso, que ajudará muito os professores indígenas desta Escola, que fazem pouco uso da Sala de Tecnologia" – nos disse Rubens em um desses e-mails.

Em outro, perguntou: "Gostaria de saber se vocês vão usar a Sala de Tecnologia? Sabe por quê? A sala é pequena e o número de professores é grande(…)."

O desafio estava bem delineado: uma formação para uso pedagógico de novas Tecnologias da Informação e da Comunicação em um espaço com 13 computadores, para um número, no mínimo, 6 vezes superior de educadores indígenas.

Dadas as condições, qual seria nosso primeiro passo para enfrentar o desafio?

Simples também: conhecer um pouco mais sobre esse lugar, essa aldeia, a cultura, a escola dos povos Guarani, Kaiowá e Terena.

Para quê? Para fazer uma abordagem do uso de tecnologia em sala de aula que fizesse sentido a esses educadores, que respeitasse sua visão de mundo.

E assim, nessa busca de informações, descobrimos que, em junho passado, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul havia inaugurado o primeiro Observatório Solar Indígena do Brasil. Instalado onde? Na Escola Tengatuí Marangatu!

Seu objetivo é resgatar parte do conhecimento astronômico desses povos e ensinar conhecimentos indígenas em escolas indígenas.

O Observatório deve auxiliar no ensino de ciências dentro da escola. Sua estrutura propõe que se visualize a sombra de uma haste vertical, produzida pelo Sol, para determinar o meio-dia solar, os pontos cardeais e as estações do ano.

O Observatório Solar está, assim, relacionado também aos deuses e à cosmologia indígenas, o que resgata um pouco de suas tradições culturais.

“Cada ponto cardeal representa o domínio de um dos quatro deuses, que ajudaram o deus principal Nhande Ru Ete, cujo domínio é representado pelo ponto mais alto do céu, a criar a Terra e seus habitantes”, explica o professor Germano Bruno Afonso, Doutor em Astronomia, que atua no projeto como Pesquisador Especialista Visitante do CNPq/MCT.

“É a primeira vez que está sendo construído um (observatório solar indígena) para ser utilizado em uma Escola Indígena, onde a maioria do conteúdo didático é do não-índio, ocidental. Além disso, causa muita alegria poder restituir aos indígenas o que aprendemos com eles em nossas pesquisas de campo”, diz .

Bem, nossa busca estava apenas começando. Havia muito mais a descobrir, a seguir, a planejar...

Seguimos no próximo post ...