quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROJETO






 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLITICAS EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL/ NUCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL CAMPO GRANDE




ESCOLA MUNICIPAL INDÍGENA TENGATUI MARANGATU



































PROJETO

A INTERAÇÃO DAS TECNOLOGIAS COM A CULTURA INDÍGENA: IDENTIFICANDO A IDENTIDADE MUDANDO A REALIDADE.











































SUMÁRIO



Apresentação...................................................................................................................03

Justificativa......................................................................................................................05

OBJETIVOS....................................................................................................................07

Objetivo Geral.................................................................................................................07

Objetivos Específicos......................................................................................................07

Metodologia.....................................................................................................................08

Recursos...........................................................................................................................10

Desenvolvimento (resumo do projeto)............................................................................11

Breve relato da culminância............................................................................................12

Resultados esperados.......................................................................................................13

Estratégias de divulgação................................................................................................14

Referências Bibliográficas...............................................................................................15

Anexos.............................................................................................................................16

















































APRESENTAÇÃO



A escola Indígena Tengatui Marangatu localizada na Reserva Indígena de Dourados, fundada no ano de 1992, Situada entre duas aldeias ;Jaguapiru e Bororo atende as três etnias ,Guarani nhandeva ; Kaiuá e Terena com a Educação infantil as séries finais(6º ao9º); A escola possui 16 salas de aulas, atualmente atende aproximadamente 1030 alunos com um quadro formado por 40 professores Indígenas e não Indígenas, a escola procura ministrar um ensino diferenciado com atividades relcionadas a cultura e a realidade dos alunos, todo trabalho desenvolvido na escola está garantido em seu Projeto Politico Pedagogico, cujo tema é Educar Para Avida, abrindo um espaço para construção de um ser critico, reconhecendo seus valores e direitos perante sua comunidade indígena. A reserva possui uma area com cerca de 3450km, onde vivem aproximadamente 15000 indigenas das três etnias ( Dados FUNASA). Atualmente parte dos problemas existentes na comunidade se dão as diferenças dos grupos étnicos e questões territoriais que perpassam as escolas das aldeias, tornando uma preocupação dentro do ambiente escolar .

Sabemos que muitos jovens indígenas possuem sonhos, querem estudar para terem uma formação para garantir a sua sustentabilidade mas se deparam com problemas financeiros, falta alimentos, falta terra para a comunidade, falta água, saneamento básico, os pais desempregados, depende da cesta básica do governo, seu mundo já não é mais o mesmo não há rios, não há água suficiente para toda comunidade, crianças passam necessidade vão para a escola sem se alimentar, seu mundo para, não há mais como sonhar, abandona a escola e vão para a usina trabalhar, casam cedo, as meninas engravidam precocemente e a comunidade vai aumentando, e não há espaço para morar e muito menos recursos para plantar. Para os jovens da aldeia a escola é o único lugar que lhes oferece a oportunidade de construir um futuro e alcançar seus objetivos.

Os jovens sentem se oprimidos, alguns querem lutar e vêem na escola a esperança de melhorar a realidade de seu povo vemos isso com os alunos do 9º ano, buscam através dos desenhos das imagens da música expressar suas idéias e valores, sabem que o mundo em que vivem não é bom e precisa melhorar. Estão cansados de serem marginalizados pelas classes dominantes e estão em busca de soluções para seus problemas. A aldeia não oferece mais recursos para sobreviverem como no passado muito menos uma estrutura para os jovens construírem um futuro. Esses jovens não querem omitir o que acontece em sua comunidade e procuram através dos desenhos e das letras de sua musicas expressarem a revolta de ver seu povo cheio de dificuldades e procuram na escola um lugar para divulgar sua indignação.

Os problemas que afetam a comunidade indígena de Dourados acabam refletindo o ambiente escolar tornando-se uma preocupação para o corpo docente da escola. Diante desta visão os professores têm buscado inovações para que consigam atender e suprir as necessidades do sentindo da conquista de novas ideologias perante sua comunidade.

Todas as diversas formas de violências representadas pelos alunos seja através de desenhos ou expressões corporais são simplesmente uma demonstração de reflexão social uma luta por seus direitos perante sua comunidade.

A proposta de trabalho foi intermediar essa representação da realidade que vivenciam estabelecendo uma ponte para que pudessem representar seus sentimentos através da manifestações artísticas. A arte indígena é vista como um campo rico amplo em manifestações, para os jovens indígenas é o caminho mais favorável de representar seus pensamentos. O trabalho do professor do componente curricular de artes e língua indígena na escola Tengatui Marangatu é de garantir a esses jovens alunos a oportunidade de conquistar sua verdadeira identidade.

















































JUSTIFICATIVA



Partindo dessas vivencias inicia se uma observação ao contexto dos alunos na escola Tengatui Marangatu, tendo em vista que alguns alunos da etnia Guarani Ñhandeva e Kaiowá mesmo se identificando como etnias diferentes se agrupavam quando necessário, pois estavam em busca de um diálogo com a escola e a comunidade indígena. Os alunos da etnia Guarani e Kaiowá, possuem dificuldade para se expressar oralmente, principalmente em público e com a metodologia desenvolvida na disciplina de Artes eles se identificaram se sentiram a vontade, pois podiam se expressar através de imagens e até mesmo através da música, formaram um grupo de início com três componentes sendo jovens indígenas pertencentes a mesma Etnia Guarani e Kaiowá e começaram a cantar músicas de RAP e sempre que aconteciam alguns eventos na escola eles pediam para demonstrar seu projeto de trabalho, eram muito tímidos mas mesmo assim demonstravam e sobretudo procuravam dialogar com a comunidade escolar, através da linguagem corporal na busca de um espaço para se expressarem .

De acordo com as apresentações realizadas para os próprios colegas o grupo de RAP hoje com o nome: Grupo de RAP BRO MC’s foi adquirindo experiência e passaram criar sua própria letra de música que retratava o desabafo sobre os problemas que havia em sua comunidade relatando os aspectos da cultura descrevendo sonoramente e corporalmente as relações sócio –culturais da comunidade, como também procuravam chamar a atenção para os acontecimentos ocorridos dentro das aldeias ,através das letras das música, demonstravam que estavam consciente do que estava acontecendo a sua volta. Sendo que para eles a música era um caminho de transformação para reflexão e busca de olhares condições sociais, estes jovens se apropriaram desta forma de linguagem com objetivo de se expressarem criticamente sobre a sua realidade. A partir das questões territoriais apresentadas em sala de aula a comunidade educativa passou a analisar a pratica do grupo de rap e iniciou-se um processo de interação e proporcionaram a estes jovens alunos um espaço para se expressarem dentro do ambiente escolar principalmente nas salas de aula. Esses jovens passaram a serem visto pela comunidade educativa como direcionadores das discussões territoriais, foram estimulados a participarem nas salas de aula onde o tema era abordado. Segundo Silva Lopes “a escola indígena é local privilegiado para estudo das relações políticas entre segmentos diferenciados da população em que se entrecruzam concepções e dinâmico cultural próprio ás esferas locais regionais e nacionais são desdobramentos necessários que decorrem da globalização Lopes Silva (ano p.). Nesse momento inicia entre os jovens uma movimentação de reflexão de suas identidades étnicas. Os jovens passaram a ocupar um espaço se interagindo provocando uma reação nos demais e começa a surgir novas ideologias sobre a valorização e a manutenção das etnias, motivados a expressarem sua identificação étnica e se identificando com a sua verdadeira identidade, sendo representada através das expressões de cada cultura.











































































OBJETIVOS



Objetivos Gerais:

 Análise da prática pedagógica no currículo de artes na escola e a inclusão das tecnologias educacionais na Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatu, visando relacionar o trabalho desenvolvido em sala de aula com a realidade dos alunos Indígenas da Aldeia de Dourados.

Objetivos Específicos:

 Despertar nas nos alunos a auto-estima, o respeito por si próprio e pelos outros, a valorização da cultura – afirmando a sua identidade no mundo das tecnologias Educacionais, a presença da família, a noção temporal com relação ao desenvolvimento das gerações familiares, a cooperação, a criticidade, a autonomia, a flexibilidade, a valorização do desenvolvimento próprio e de outras culturas a seu redor, seja ele físico, afetivo, social, psicológico e/ou cognitivo.

 Desenvolver através de desenhos, pesquisas na internet noções de identificação individual e respeito para consigo e para com os outros, estabelecendo relacionamentos e divulgando a sua arte e através dela afirmar a sua identidade.

 Formar o indivíduo para a aquisição de postura ética, uso das competências pessoais, desenvolvimento cultural;

 Desenvolver o convívio social (relação com colegas, família e professores, respeito às diferenças etnicas , superação de preconceitos);

 Conscientizar sobre direitos e deveres do cidadão;

 Discutir matérias de inclusão e exclusão social;

 Conhecer a diversidade cultural brasileira;

 Conhecer a influência de outras culturas e as novas tecnologias sobre nossas manifestações culturais indígenas.

 Levar ao desenvolvimento e a divulgação através das mídias as formas de expressão verbal e não-verbal, música, dança, pintura, artesanato etc.);

 Valorizar a identidade cultural valorizando a sua verdadeira identidade diante das Novas Tecnologias;









METODOLOGIA



Através de estudos realizado em sala de aula observa-se os conflitos vivenciados pelos jovens que representam através de imagens a sua revolta, devido a violência que os cercam, e com o currículo da escola indígena e o desafio de construir um conhecimento de acordo com a realidade do aluno afirmando a sua verdadeira identidade com as novas tecnologias que vem para somar para uma educação de qualidade com isso, buscamos desenvolver um trabalho a fim de possibilitar os jovens, crianças indígenas através da arte e interdisciplinaridade integrando as tecnologia na cultura indígena uma possibilidade aos alunos uma reflexão critica sobre o contexto atual das aldeias e que atendesse de modo geral as perspectivas das três etnias: Terena, Guarani Ñhandeva e Guarani Kaiowá, presente nos anos do 9º ano do ensino fundamental no período do ano de 2008.

Onde iniciou em sala de aula pesquisas na comunidade e internet e outros recursos tecnológicos sobre os conhecimentos ocidentais importantes na construção de um diálogo com a sociedade envolvente partindo dos conhecimentos étnicos dos alunos, abrangendo uma compreensão da cultura de outros povos, relacionando os conteúdos a serem abordados em sala de aula para atender a necessidade do contato com o conhecimento das novas tecnologias que nos cercam, mas partindo do meio da vivencia dos jovens indígenas, procurando planejar uma prática que não consistisse apenas nas representações dos elementos simbólicos da cultura através de desenhos, mas que buscasse uma analise critica e observadora através das tecnologias.

Neste projeto trabalharemos com a interdisciplinaridade que tem sido um dos grandes desafios para os educadores da atualidade. Faltam a muitos deles informações que os capacitem a transitar entre as diferentes disciplinas ministradas e os temas que afetam o indivíduo no mundo moderno.

O tema do Projeto, que é abrangente, permite contemplar uma série de conteúdos relativos à educação de crianças e adolescentes indígenas, principalmente aqueles ligados aos temas transversais (Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual e Pluralidade Cultural), que a escola regular ainda tem dificuldade de interligar às disciplinas tradicionais (Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências).

Desse modo, nossa proposta justifica-se pela necessidade que educadores têm de constante atualização dos conhecimentos, além de manter uma reflexão continuada sobre como esses mesmos conhecimentos podem permitir ao educando a atuação em diferentes situações de convívio social e com as Novas Tecnologias.

Considerando os conhecimentos prévios do aluno e os avanços tecnologicos e a partir dos pressupostos que guiam a educação não-formal, propomos esta tecnologia educacional, que tem em perspectiva a mostrar a nossa realidade no sentido de, por um lado, melhorar a realidade da comunidade, por outro, formar neles a consciência da cidadania. Direcionando os jovens alunos a desenvolver seu conhecimento e colocá-los diante de novas Mídias podendo assim divulgar seus talentos e novas conquistas, possibilitando que os jovens indígenas tenham outra visão da sua realidade e assim procurar transforma-la.





































































RECURSOS

 Sala de aula, STE - Sala de Tecnologia Educacional, Câmera fotográfica, Filmadora portátil, alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, aplicativos do computador: Word, Power Point, Internet via satélite - GESAC e outros.





































































DESENVOLVIMENTO (RESUMO DO PROJETO)



Este Projeto foi realizado a fim de despertar nas nos alunos a auto-estima, o respeito por si próprio e pelos outros, a valorização da cultura – afirmando a sua identidade, a presença da família, a noção temporal com relação ao desenvolvimento das gerações familiares, a cooperação, a criticidade, a autonomia, a flexibilidade, a valorização do desenvolvimento próprio e de outras culturas a seu redor, seja ele físico, afetivo, social, psicológico e/ou cognitivo. Assim, foi aplicado para que os alunos desenvolvam através de desenhos, pesquisas na internet noções de identificação individual e respeito para consigo e para com os outros, estabelecendo relacionamentos e divulgando a sua arte e através dela afirmar a sua identidade e a inclusão das tecnologias educacionais nas escolas indígenas.





















































BREVE RELATO DA CULMINÂNCIA



O professor não deve ignorar o fato de que a tecnologia digital faz parte do dia-a-dia do alunos indígenas. Os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as aulas mais instigantes e apreciadas. Com isso, a escola por meio do acesso/inclusão das tecnologias nas escolas indígenas deve estabelecer diálogos, propondo uma metodologia que estimule o aluno, a sentir-se desafiado a pensar/reelaborar/formular conceitos acerca de si mesmo e do meio o qual está inserido. Além dos aspectos já ressaltados, salientamos também que o projeto contribuiu para divulgar que a cultura indígena esta presente no mundo tecnológico onde têm oportunidade de socializarem suas experiências e conquistas.























































RESULTADOS ESPERADOS



O Projeto visa a construção de integração, autonomia dos jovens indígenas com as novas tecnologias educacionais, propondo aos educadores a interação e utilização das mesmas na sala de aula.

Muitas vezes a comunidade indígena principalmente os jovens são marginalizados através das mídias e com esse projeto gostaríamos de expor os nossos sonhos, desejos e mostrar a nossa verdadeira identidade que por mais que as tecnologias estão presente em nossa cultura porém não perdemos a cultura, apenas transforma, porque está enraizado e corre em nossas veias a verdadeira essência indígena.

Esperamos com as tecnologias melhorar a relação entre as pessoas desta comunidade, divulgando os conhecimentos e saberes dos nossos alunos, para isso deve planejar e rever a prática constantemente, postura do professora diante das tecnologias é fundamental , não basta computadores mais o principal são os educadores, onde deve proporcionar informações para que possa construir seu próprio caminho.













































ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO



O projeto será divulgados para a comunidade escolar, no Blog da Escola Indígena Tengatui Marangatu-Polo (imitengatui.blogspot.com) Blog Professor da STE (pinheirindio.blogspot.com), Yutube MEGARP, Portal do Professor, EducaRed e outros meios possíveis.































































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



________, Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas, 2ºªEdição, Brasília 2005.



Bittencourt Maria Circe, Ladeira Elisa Maria Maio/2000, A História do Povo Terena



Cultura e Arte em Mato Grosso do Sul /2006. Campo Grande.



SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995. p. 37-44

















































































ANEXO

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ALUNOS

 



Grupo REP BRO MC’s –alunos do 9º ano do E.F





Sala de Tecnologia



Recursos do computador (conhecendo seu espaço) google earth



Cultura e identidade

PROJETO